[CLASSIC] O FILME DO DEMÔNHO – O EXORCISTA (POR LUIZ)

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Clique no pôster para ver a página do filme no Internet Movie Data Base.

Hoje foi Halloween. Nada melhor do que comemorar a data assistindo o clássico mais assustador de todos os tempos. Ou quase isso.

Fazem mais ou menos dez anos que eu fujo desse filme. A primeira vez que tive contato com ele foi na pré-adolescência, num belo dia de inocência e felicidade que fui assistir filmes na casa de uns amigos e uma menina estranha, que era fã de terror, veio com O Exorcista. Ninguém quis assistir. Eu corri daquele filme que nem o diabo foge da cruz (tu dum, ts). E anos se passaram, e vi uma cena aqui ou ali, mas nunca tive coragem de ver tudo. Pois bem. Hoje foi o dia.

Eu já tinha ficado um pouquinho bêbado mais cedo e, por mais que o efeito da tequila junto com as cervejas tenham passado há horas, a vida ainda parecia mais fácil. Logo, assistir a O Exorcista seria mais fácil. E foi. Mais ou menos.

Ok. Vamos ao filme.

Inspirado no assustador livro – que não pretendo ler – de William Peter Blatty, O Exorcista é um exemplo de cinematografia bem usada, talvez um dos melhores filmes do Willian Friedkin (não colocando na conta o Operação França I, filme que tenho em casa, mas procrastino porque sempre durmo antes da primeira hora). Voltando ao filme do demônho, a luz, as cores e todos os elementos de cena, calculados para o terror da audiência, são eficientes (como nos filmes de terror de hoje), mas são inteligentes (como já não vemos mais com tanta frequência, ultimamente).

O Exorcista é, talvez, o melhor filme de terror já feito. Com certeza, o mais icônico. Não apenas por assustar quem esteja envolvido com o filme, mas por ter uma trama interessante, metáforas sobre bem e mal, vida e morte que são bem construídas e um impressionante impacto sobre as pessoas, geração após geração. (Clique aqui e veja a reação das pessoas que assistiram ao filme na estréia, em 1973.)

Muito bem. Eu não poderia escrever esse post mambembe sem falar da “Maldição do Exorcista”. Você deve saber das histórias estranhas que aconteceram nos sets de filmagem ou com o futuro da atriz que interpretou a protagonista e etc. Não existem evidências esclarecedoras sobre a estranheza dos fatos, apenas uma coincidência ou outra, assim como a Lenda do Poltergeist e outros filmes  (clique para ler sobre lendas de maldições em filmes). Porém, o que eu posso afirmar sobre os bastidores, é que o diretor foi quase um carrasco quando rodou as cenas, em busca da perfeição. A temperatura era sempre fria demais durante as filmagens, os atores se machucaram de verdade devido a intensidade da interpretação exigida, a mulher que dublava personagem principal quando possuída pelo Pazuzu fumava toneladas de cigarros por dia para dar rouquidão à sua voz, dentre outras coisas.

Não vou dizer que foi tranquilo, mas foi um alívio perceber um roteiro bem escrito e uma história interessante, logo depois que aquele personagem morre (preciso mesmo evitar spoiler de um filme de 40 anos?) e fica tudo bem com a menina e o medo passa. Aliás, diga-se de passagem, aquela menina era um tanto obtusa e irritante. Até gostei um pouquinho que foi ela quem sofreu.

Você provavelmente já viu esse filme, por isso não me restringi a apresentá-lo ou tratá-lo como novidade. Mas se ainda não viu, pode ser uma boa pedida para aqueles dias que nos sentimos corajosos. Ou talvez, pra ver com o namorado ou a namorada e ver quem é o mais medroso da relação. É sempre importante saber isso.

Feliz Dia das Bruxas.